"na vida chega um momento que só a beleza, não basta."
O filme: A
grande Beleza (2013) do diretor: Paolo Sorrentino
O filme e todo
feito na Italia, especialmente em Roma e a partir do personagem Jap Gambardela
( protagonizado por Toni Servillo), mostra que
nossa sociedade do espetáculo das grandes festas, do corre- corre do dia-a-dia
não é capaz de preencher o ser humano por completo, falta algo, a um certo
momento da vida, jap encontra um vazio que ele mesmo não sabe responder mesmo
sendo, Jap Gambardella o maior mundano de Roma badaladíssimo, com uma carreira
jornalística não fantástica, mas que dá para ele supri suas necessidade na roda
social onde vive.
O filme é
pautado também por imagens belíssima dos monumentos e tomadas belíssimas de
museus, obras de arte, passeio à beira
do maravilhoso rio que corta Roma, sem falar da música sacra que nos entorpece
pelos ouvidos, já que somos acostumados com a barulheira do dia-a-dia, a música nos invade com sua
sonoridade diferente e vai aos poucos tomando conta da gente e nos entranhando
com seu toque suave, nos embala e chega mesmo nos transportar para uma outra
realidade, a sonoridade do filme é belíssima ser falara que o diretor fez da
trilha sonora um protesto artístico já que quando morava na Rússia era impedido
de demostra sua fé.
Só pelas
tomadas e passeio que fazemos a Roma o filme já motivo para que possamos nos
deliciar com aquilo que ele comunica, mas vamos ao enredo filme. Jap é um
jornalista de 65 anos de vida já viveu muita coisa é um homem da noite e muito
badalado, escreveu um livro que fez muito sucesso e não mais escreveu nada, tem
uma roda de amigos que sempre se encontram para se confraternizar, mas as noite
a festas as coisas não mais falam para jep está faltando algo que ele não sabe
como responder a si mesmo, está a procura da grande beleza que procura nos bens
matérias ou na ostentação mas nada disso e capaz de deixa-lo em paz, como se
fosse possível para algum ser humano e um diálogo com Estefânia mostra como a
vida é frívola, o filme também mostra o padre que não entende do seu oficio que
é a espiritualidade, existe no enredo dois suicídios de pessoas jovens a estripe
que no momento sublime a encontra com Jap um momento de ternura quis eternizar
para sempre em seu corpo este momento cometendo o suicídio, mostra Andrea um
jovem saudável inteligente que também se suicida o que nos faz pensar um pouco
o que nossa sociedade produz? que não consegue preencher a vida das pessoas, o
que está nos faltando? será que algum momento perdemos a noção do que é mais importante
na vida, esta vida para muito e tão forte que seu maior ato de coragem é
deixa-la?
Mostra Irmã Maria na sua
simplicidade com seu rosto que as vezes nos assusta, mostra que a vida e para
ser vivida por dose diária do dia-a- dia, devemos deixar morrer pequenas coisas
em nós para ganhar vida, da raiz daquilo que nos sustenta, de onde nós
somos, só podemos partir quando temos
nossos portos seguros para onde sempre queremos voltar, não precisamos sempre
da grandeza, a grande Beleza se faz com as pequenas beleza do nosso cotidiano
vivido com alegria, as vezes com a espiritualidade
tem uma cena linda do diálogo de irmã Maria com Jap que ela pergunta porque ele
não escreveu outro livro, várias outras pessoas haviam perguntado a mesma coisa
para ele, mas desta vez ele responde com sinceridade que ficou a muito tempo
buscando a grande beleza da vida, mas não encontrou, então irmã Maria diz sabe
porque eu como raízes, porque elas são importantes, como que sinalizando que a
seiva da vida está nas raízes nossas, se nos afastarmos delas morremos mesmo
estando vivos. Então irmã Maria dá um sopro e os pássaros que estão na sacada
dão aquela revoada lembrei-me do sopro de vida que Deus dá na narina do ser
humano. A grande Beleza está nas inter-relações
que passam despercebidas no cotidiano.
Josias Alves.