Quem sou eu

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eu sou aquele que não sou mas que sou ao mesmo tempo, que voa mas que anda quando voa, sou finito no infinito, sou a vida na morte e sou o tudo e o nada eu sou aquilo que vc ama mas que odeia eu sou um ser humano.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

poemas de neruda que gosto.

Amor, quantos caminhos até chegar a um beijo,
que solidão errante até tua companhia!
segue os trens sozinhos rodando com as chuvas
Em taltal não amanhece ainda primavera

Mas tu e eu , amor meu, estamos juntos
juntos desde  ás roupas as raízes
juntos de outono, de água, de quadris
até ser só tu, e só eu juntos

pensar que custou tantas pedras que leva ao rio,
a desembocadura dagua de baroa,
pensar que separados por trens e nações

tu e eu tinhamos que simplesmente amar-noos,
com todos os confundidos, com homens e mulheres
com a terra que implanta e educa os cravos.

Pablo neruda


Não te amo como fosse rosa de sal , topázio
ou flexa de cravos que atiram chamas
te amo como se ama certas coisas obscuras
secretamente, entre a sombra e a alma

Te amo como a planta que não floresce e leva
dentro de si, oculta, a luz daquelas flores,
egraças a te amor vive escuro em meu corpo
o apertado aroma que ascendeu a terra.

te amo sem saber como, nem quando e nem onde
te amo diretamente sem peoblemas nem orgulho
assim te amoporque não sei amar de outro maneira

senão assim deste modo em que não sou nem és
tão perto que tua mão sobre meu peito é minha
tão perto que se fecham teus olhos com meu sonho.

Pablo neruda

coisa de preto - poema


Sou NEGRO com amor e ardor
Assumindo minha pele minha dor
Querendo pré-conceito quero ser DOUTOR
Me espelhar em ZUNBI que não sendo herói
uma alternativa Criou.

Porque Será que não posso falar em ORIXÀ?
de XÃGO ou da mãe IEMANJA
Sem que os queiram me condenar.

Não quero outra coisa,  a não ser
assumir minha nação
Minha cor, minha cultura
E ter opinião.

Quero dançar, gingar e pular
Sair da senzala da descriminação
Migrar para o quilombo da libertação
Ser de um povo livre que canta libertação.

Quero quebra a corrente desta tal padronização
Que quer botar nego na favela e sem educação
 Pobre sem oportunidade e sem opinião
por isso luto par ficar livre como num quilombo
que todo povo é irmão
vamos lutar e sair da garras da opressão
isso é coisa de preto mas que nesta pátria não é negão.

Nego nagô